Queria muito te entender. Queria mesmo, mas você só consegue me confundir mais e mais. Sei que agora temos um acordo, só sexo e nada mais, mas as vezes parece que tem mais por trás de tudo isso. Uma hora me deseja de qualquer maneira, na outra é como se nunca tivéssemos tido nada. Uma hora me conta as coisas e na outra age como se nunca tivesse me contado nada. Temos um acordo, lembra? Então, por favor, pare de agir assim.
É como na festa em que fui e você não parava de me olhar, de tentar chamar minha atenção, até mensagem me mandava. Você estava realmente se divertindo, se exibindo até demais. Acho até que algumas pessoas desconfiaram de que pudêssemos estar tendo alguma coisa. E quando te dei um beijo no rosto para me despedir, vi que não era só um beijinho de despedida sem graça que queria. Achei que iria me beijar na frente de todo mundo, teve graça por um momento. Fiquei mais feliz, sim, até que  no dia seguinte me tratou como se nem na sua casa eu merecesse ir.
Você sabe que sou intensa, que para mim é tudo ou nada, mas você me faz ficar nesse meio termo horrível e eu já to ficando calejada de tudo isso. É uma indiferença aqui com uma vontade de, bom, ficar na minha casa? Mesmo não podendo vir aqui porquê não estou sozinha, nem ao menos para me chamar para ir na sua? Isso magoa, por mais que eu deteste isso. Se não faço diferença, porque me procura? Só para alimentar seu ego? Bom, pode alimentar o quanto quiser com outra pessoa. Eu tô assinando aqui minha desistência. Se é para ser só quando você quer e só do teu jeito, pode chamar qualquer outra pessoa. Tô caindo fora antes que eu me destrua. Adeus.

—	É só uma carta de despedida. Duda Mach